No mês de dezembro, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) realiza a campanha Dezembro Laranja, que visa conscientizar a população sobre o câncer de pele, reconhecimento de lesões suspeitas, suas formas de prevenção, assim como diagnóstico precoce da doença.
Casos em território nacional
O câncer de pele no Brasil corresponde a 27% de todos os tumores malignos no país, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), com 180 mil novos casos por ano dos tipos não melanoma e 8,5 mil novos casos de melanoma. Os não melanoma, que são o tipo mais frequente e correspondem aos subtipos carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular, apesar de possuírem baixa letalidade, apresentam alta morbidade, produzindo deformações estéticas e alterações funcionais importantes, determinando perda de qualidade de vida dos seus portadores.
A radiação ultravioleta (UV) presente nos raios solares provoca um crescimento anormal das células que compõem a pele, tal efeito é cumulativo e a longo prazo podem ocasionar o câncer de pele. O tipo mais comum é o basocelular, seguido do espinocelular, ambos costumam ter altos percentuais de cura se diagnosticados e tratados precocemente. Já o melanoma costuma ser mais agressivo e potencialmente letal se não diagnosticado e tratado a tempo, possuindo ainda elevado risco de metástase. Sabe-se também que o câncer de pele não melanoma está mais relacionado à exposição crônica e continuada à radiação UV, enquanto o melanoma tem relação com exposição aguda e intensa à radiação UV.
Lesões suspeitas podem incluir:
- Mancha ou ferida que não cicatriza e possui crescimento contínuo, podendo apresentar crosta, coceira, erosão ou sangramento;
- Pinta preta ou castanha que pode mudar de cor e textura, crescer de tamanho e possuir bordas irregulares;
- Lesão de aparência elevada, brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente.
Fatores de risco para o câncer de pele
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de pele são a exposição solar prolongada e desprotegida ao longo da vida e também episódios de queimadura solar. Pessoas com pele, olhos e cabelos claros, que se queimam facilmente quando expostas ao sol, têm maior predisposição genética para o desenvolvimento de câncer de pele e lesões pré-malignas, portanto é necessário estar atento à história familiar para esse tipo de câncer.
Leia também: Dezembro laranja: câncer de pele e a importância da conscientização
Tratamento
Para prevenção do câncer de pele, devemos adotar hábitos de fotoproteção que são um conjunto de medidas direcionadas a reduzir a exposição ao sol e a prevenir o desenvolvimento de dano solar, tendo em vista que o Brasil é um dos países com maior insolação e incidência solar no mundo. Para isso devemos: fazer uso de protetor solar com reaplicação a cada duas horas, uso de óculos de sol, uso de blusas com proteção UV, uso de chapéus ou bonés, evitar exposição solar entre 10-16h assim como exposição solar direta. Os protetores solares são capazes de prevenir a queimadura, envelhecimento precoce e câncer de pele, porém não é indicado que seja usado de forma isolada, devendo ser utilizado em conjunto com as demais medidas.
Referências bibliográficas:
- Consenso de Fotoproteção no Brasil. SBD. Disponível em: https://www.sbd.org.br/dezembroLaranja/noticias/consenso-de-fotoprotecao/
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