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Oftalmologia26 junho 2018

Tumor benigno de pálpebra: papiloma de células escamosas

A diversidade de tumores cutâneos é grande e vai desde papilomas comuns e basocelulares até tumores mais raros de anexos cutâneos e tecidos moles da derme.

Por Pedro Netto

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A pele, incluindo a da região palpebral, consiste em epiderme, derme e anexos cutâneos, abrangendo uma grande variedade de tipos de células capazes de proliferar-se e sofrer transformações neoplásicas. A diversidade de tumores cutâneos é, portanto, muito grande e vai desde papilomas comuns e carcinomas de células basais (basocelulares) até tumores mais raros de anexos cutâneos e tecidos moles da derme. Tanto os tumores benignos quanto os malignos são classificados de acordo com a sua célula de origem, bem como a sua localização na epiderme, na derme ou em um dos anexos.

As lesões cutâneas benignas são muito mais variadas e comuns do que as malignas. As características clínicas são ausência de endurecimento e ulceração, cor uniforme, crescimento limitado, contorno regular e preservação das estruturas normais da margem palpebral. Na grande maioria dos casos, o diagnóstico é direto, embora eventualmente possa ser necessária uma biópsia se a aparência for incomum.

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No Brasil, estima-se que os tumores palpebrais representem cerca de 16 mil casos ao ano, segundo o Ministério da Saúde. O papiloma de células escamosas (pólipo fibroepitelial), tumor epidérmico, é a afecção tumoral palpebral benigna mais comum. Na maioria dos casos, o papiloma palpebral é causado pelo HPV (vírus papiloma humano), sendo mais comuns o subtipo HPV-1 e HPV-2. Tem uma aparência clínica variável, contudo, apresenta características histológicas comuns.

A histologia mostra projeções digitiformes de tecido conjuntivo fibrovascular cobertas por epitélio escamosos irregular, com acantose e hiperacantose. Clinicamente a lesão pode se apresentar de três maneiras: uma lesão pedunculada, de base estreita e de cor de pele; uma lesão de base ampla (séssil), que pode exibir uma superfície semelhante a framboesa; ou uma lesão filiforme com hiperceratose semelhante a um corno cutâneo.

O diagnóstico diferencial inclui verrugas virais, ceratose seborreica e nevo intradérmico. O tratamento consiste na ressecção simples da lesão.

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