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Medicina Física e Reabilitação29 julho 2019

Você sabe o que é Terapia por Ondas de Choque?

A Terapia por Ondas de Choque (TOC) é um método recente que tem sido utilizado para tratamento de algumas patologias musculoesqueléticas.

Por Carmen Orrú

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

O que é?

A Terapia por Ondas de Choque (TOC) – em inglês, Extracorporeal ShockWave Therapy (ESWT ) – é um método recente que tem sido utilizado para tratamento de algumas patologias musculoesqueléticas. É um método não invasivo, feito em consultório, com bom custo-benefício. 

Como funciona?

A TOC consiste em aplicação, no local da lesão musculoesquelética, de uma sequência de pulsos mecânicos sonoros de alta energia e alto gradiente de pressão, os quais geram um processo denominado de mecanotransdução.

Essa energia penetra no tecido lesado e provoca cavitação (rompimento de microbolhas com consequente microrroturas teciduais). Isso gera reações bioquímicas intracelulares, aumento da vascularização (neoangiogênese) e da celularidade. Por fim, há estimulo do processo regenerativo tecidual. 

Além do fator analgésico e regenerativo tecidual, a TOC também é utilizada em casos de pseudoartrose óssea, pois tem o poder de gerar proliferação óssea e remodelação do esqueleto.

A aplicação destas ondas é feita através de ponteiras, que podem ser focais (geram energia em um foco) e radiais (divergem de um foco). A ponteira escolhida, o número de sessões, intervalos, intensidade e frequências da TOC varia para cada patologia e tolerância de cada paciente. Não é um procedimento indolor.

Indicações e contraindicações

Atualmente existem indicações e contraindicações formais aprovados pela International Society for Medical Shockwave Treatment (ISMST) para o uso de TOC em patologias musculoesqueléticas e também lesões de pele. Além disso, pesquisas têm sidos realizadas para tratamentos de síndrome dolorosa miofacial, espasticidade, na área estética, dentre outras.

Indicações aprovadas

  • Patologias Musculotendíneas
    • Tendinopatias crônicas;
    • Tendinopatia calcificante do ombro ;
    • Epicondilopatia lateral do cotovelo (“cotovelo de tenista”);
    • Síndrome da dor do trocanter maior (bursite trocantérica);
    • Tendinopatia patelar;
    • Tendinopatia de Aquiles;
    • Fascite plantar, com ou sem esporão do calcâneo.

  • Patologias ósseas 
    • Recuperação óssea retardada;
    • Não-União Óssea (Pseudoartrose); 
    • Fratura por estresse; 
    • Necrose óssea avascular sem desarranjo articular; 
    • Osteocondrite dissecante sem desarranjo articular.

  • Patologias da pele 
    • Feridas não cicatrizantes;
    • Úlceras cutâneas; 
    • Feridas por queimadura não circunferenciais.

Contraindicações

  • Ondas radiais e focalizadas com baixa energia 
    • Tumor maligno na área de tratamento (não como doença subjacente); 
    • Gravidez, quando feto na área de tratamento.
  • Ondas focadas em alta energia 
    • Tecido pulmonar na área de tratamento; 
    • Tumor maligno na área de tratamento (não como doença subjacente);
    • Placa epifisária na área de tratamento; 
    • Cérebro ou medula espinhal na área de tratamento; 
    • Coagulopatia grave; 
    • Gravidez, quando feto na área de tratamento.

Conclusão

Para pacientes não responsivos ao tratamento habitual, deve-se ter em mente que a TOC é uma boa alternativa.

 

Referências:

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