Como usar a telemedicina nas linhas de cuidado e rastreamento de doenças crônicas?
A telemedicina é definida por uma combinação de três características, sendo uma delas como principal o uso de tecnologias de informação e comunicação.
A telemedicina é definida por uma combinação de três características: uso de tecnologias de informação e comunicação; cobertura de um determinado território e profissionais que prestam atendimento a um paciente ou a um grupo de pacientes.
A “pressão alta”, o “açúcar no sangue”, a “gordura nos órgãos e vasos sanguíneos” e o “excesso de peso” são estados clínicos que, quando presentes em nosso organismo isolados ou combinados, elevam o risco de complicações como infarto, amputação de membros, acidente vasculares encefálicos, obstrução arterial e venosa e outros desfechos graves. Por sorte, esses riscos aumentados podem ser reduzidos com um contínuo controle da glicose no sangue, da pressão sanguínea, colesterol e do peso corporal.
Os grandes aliados desse controle representam a seguinte tríade do cuidado em saúde dentro da telemedicina: 1) educação em saúde; 2) automonitoramento; 3) teleconsulta.
Cuidado na telemedicina
A educação em saúde e o automonitoramento, definidos como um processo interativo e contínuo destinado a aumentar o conhecimento e as habilidades para o autocuidado do paciente, juntos com o acompanhamento por teleatendimentos multiprofissionais são essenciais para um melhor controle dos níveis pressóricos, glicêmicos, de colesterol e peso corporal.
Mas, quando realizar exames de rastreamento para controle de diabetes, hipertensão, dislipidemia e obesidade?
I-Quando rastrear hipertensão arterial em pessoas sem sintomas? |
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II- Quando rastrear glicemia de jejum em pessoas sem sintomas? |
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III-Quando rastrear dislipidemia em pessoas sem sintomas? |
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IV-Quando rastrear obesidade em pessoas sem sintomas? |
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Leia também: Semana de Telemedicina: como orientar um paciente adequadamente em uma teleconsulta?
A vigilância em saúde e o acompanhamento clínico, aliados a um cuidado em saúde integral e centrado na autonomia do paciente, são de extrema relevância, dentro da Medicina Baseada em evidencias e Atenção Primária, para uma verdadeira prevenção e promoção em saúde.
Portanto, um trabalho articulado em educação em saúde e uso de ferramentas de tecnologias de informação e comunicação são centrais para que essas doenças deixem o topo das enfermidades crônicas que mais afetam a população hoje e que causam altas taxas de morbimortalidade no mundo.
Referências bibliográficas:
- Timpel P, et al. Mapping the Evidence on the Effectiveness of Telemedicine Interventions in Diabetes, Dyslipidemia, and Hypertension: An Umbrella Review of Systematic Reviews and Meta-Analyses. Journal of Medical Internet Research, 2020.
- Gusso G, Lopes JMC.Tratado de Medicina de Família e Comunidade, 2 edição. Editora Artmed 2019
- Duncan BB, Schmidt MI, Giuliani ERJ. Medicina Ambulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidencias. 3 ed. Porto Alegre: Artmed 2013
- Site Sociedade Brasileira de Cardiologia: http://www.cardiol.br/conheca/
- Site Sociedade Brasileira de Diabetes: https://www.diabetes.org.br/
- Site OMS: https://www.who.int/
- Site Ministério da Saúde: http://saude.gov.br/saude-de-a-z
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