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Com base nas últimas evidências disponíveis, as entidades American Academy of Allergy, Asthma & Immunology e American College of Allergy, Asthma & Immunology atualizaram suas recomendações para o tratamento da alergia grave provocada por picada de insetos da ordem Hymenoptera, como abelhas, vespas, formigas, etc. Separamos os principais pontos da nova diretriz.
Entre as principais diferenças dessa atualização, estão a de não oferecer imunoterapia com veneno a doentes com reações cutâneas sistêmicas e a ênfase na verificação dos níveis de triptase. Veja abaixo:
- Triagem de pacientes assintomáticos não é recomendada. Mais de 20% dos adultos são sensibilizados ao veneno de inseto, mas não se encontram em risco substancialmente elevado de anafilaxia.
- Cerca de 10% da população experimenta grandes reações locais por picadas de insetos e podem ser tratadas sintomaticamente com corticosteroides orais de curta duração para inchaço grave. Risco de anafilaxia nestes doentes é < 5%, de modo que a imunoterapia com veneno geralmente não é indicada.
- Crianças e adultos com apenas reações cutâneas sistêmicas (por exemplo, urticária, angioedema periférico) têm baixo risco de anafilaxia e, normalmente, não necessitam de imunoterapia com veneno.
- Medir a triptase sérica pode identificar pacientes com alto risco de anafilaxia e aqueles com mastocitose.
- Pacientes com reações sistêmicas graves devem ser encaminhados para exames e, se positivo, receber imunoterapia com veneno por 5 anos.
- Uma vez que os beta-bloqueadores e os inibidores de ECA podem aumentar o risco de eventos adversos graves devido à picadas ou à imunoterapia com veneno, estes devem ser utilizados concomitantemente com a imunoterapia apenas se absolutamente necessário.
Veja também: ‘Você sabe tratar uma picada por aranha marrom?’
Referências:
- Golden DBK et al. Stinging insect hypersensitivity: A practice parameter update 2016. Ann Allergy Asthma Immunol 2017 Jan; 118:28. (https://dx.doi.org/10.1016/j.anai.2016.10.031)
- https://www.jwatch.org/na43357/2017/02/02/recommendations-managing-stinging-insect-reactions
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