Você já ouviu falar de tatuagens médicas? Elas são uma nova tendência nos Estados Unidos. Pacientes e até médicos estão tatuando ordem de não ressuscitar ou autorização para doar órgãos na pele, para garantir que seus desejos sejam respeitados. Mas essas tatuagens têm algum efeito legal?
Nos EUA, onde tatuagens médicas são cada vez mais comuns, equipes de emergências e médicos não são obrigados a respeitá-las. Para pacientes responsivos, a tatuagem pode provocar uma conversa sobre objetivos, valores e preferências, mas para pacientes em emergência, na ausência de um documento oficial de não ressuscitar, por exemplo, os médicos devem prosseguir com a tentativa de reanimação.
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No Brasil, as ordens de não-ressuscitação ainda não possuem amparo legal. Os médicos devem realizar as manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e intervenções para prolongar a vida em todos os pacientes. Eles só podem deixar de executar todas as medidas se a morte é óbvia.
Um recente estudo sobre qualidade de vida mostrou que pacientes consideram que algumas condições são ‘piores que a morte’. Por isso, é muito importante conversar com seu paciente sobre suas preferências e garantir que hajam documentos legais que reforcem seu posicionamento.
Referências:
- https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3445688/
- https://www.escs.edu.br/pesquisa/revista/2008Vol19_4art01aordemnao.pdf
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