Um novo estudo, publicado na revista Resuscitation, indica que compressões torácicas mais rápidas, entre 120-140 por minuto, aumentam a probabilidade de retorno espontâneo da circulação. A atual recomendação das diretrizes é de 100-120 por minuto.
Para determinar a frequência ideal, pesquisadores realizaram um estudo prospectivo observacional de 222 pacientes adultos com parada cardíaca intra-hospitalar. As taxas de compressão foram medidas com eletrodos de desfibrilação; pausas na ressuscitação cardiopulmonar não foram incluídas no cálculo.
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No geral, as taxas de compressões foram elevadas (em média, 140 por minuto), sendo, em média, de 100-120 por minuto em 10% dos pacientes, 121-140 em 43% e > 140 em 47%. Os pacientes que receberam 121-140 compressões por minuto foram significativamente mais propensos a ter retorno da circulação espontânea em relação aos que receberam compressões de acordo com as diretrizes (OR: 4,48). No entanto, não houve melhora significativa na sobrevida ou função neurológica até a alta hospitalar.
Para os pacientes com parada cardíaca, ressuscitação cardiopulmonar deve ser prioridade. Em 2015, a American Heart Association alterou a recomendação para a taxa de compressão torácica de “pelo menos” 100 compressões por minuto para 100-120 compressões por minuto.
Sendo assim, o presente estudo vai contra as diretrizes. É importante que o médico fique atento às próximas recomendações do AHA.
Referências:
- Kilgannon JH et al. Association between chest compression rates and clinical outcomes following in-hospital cardiac arrest at an academic tertiary hospital. Resuscitation 2016 Sep 22; [e-pub]. (https://dx.doi.org/10.1016/j.resuscitation.2016.09.015)
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