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Medicina de Emergência30 janeiro 2017

Como melhorar os resultados da asma pediátrica na emergência?

Nos casos de crianças com asma, a maior aderência às diretrizes baseadas em evidências melhora os resultados do paciente. No entanto, os esforços de melhoria da qualidade nunca foram testados em departamentos de emergência na comunidade em geral. Como uma iniciativa de melhoria da qualidade, pesquisadores implementaram uma diretriz de asma pediátrica em um departamento americano de emergência na …

Por Vanessa Thees

Nos casos de crianças com asma, a maior aderência às diretrizes baseadas em evidências melhora os resultados do paciente. No entanto, os esforços de melhoria da qualidade nunca foram testados em departamentos de emergência na comunidade em geral.

Como uma iniciativa de melhoria da qualidade, pesquisadores implementaram uma diretriz de asma pediátrica em um departamento americano de emergência na comunidade. Foram incluídos pacientes cujo registro eletrônico de saúde continha as palavras asma, broncoespasmo ou sibilância.

Foram revisados os prontuários dos pacientes incluídos 12 meses antes da implementação da diretriz (agosto de 2012 a julho de 2013) e 19 meses após a implementação (agosto de 2013 a fevereiro de 2015). As medidas de processo incluíram a proporção de crianças que tiveram uma contagem de asma registrada, que receberam esteroides e o tempo para administração das drogas. A medida de resultado foi a proporção de crianças que precisaram de transferência para um centro de cuidado terciário.

No total, foram incluídos 724 pacientes, 289 durante o período basal e 435 após a implementação da diretriz. Em geral, 64% dos pacientes foram diagnosticados com asma após a implementação da diretriz. Durante o período basal, 60% dos pacientes receberam esteroides durante a visita à emergência, comparados com 76% após a implementação da diretriz (OR = 2,2; IC 95%, 1,6-3,0). O tempo médio de uso de esteroides também diminuiu significativamente, de 196 para 105 minutos (p < 0,001).

Significativamente menos pacientes necessitaram de transferência após a implementação da diretriz (10% em comparação com 14% durante o período basal) (OR = 0,63; IC 95%, 0,40-0,99).

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Dra. Ana Carolina Pomodoro, pediatra e colunista da PEBMED, fala sobre o a síndrome:

“Crises de asma são responsáveis por grande número de visitas das crianças aos serviços de emergência. É importante seguir os guidelines para melhor manejo da mesma, como o uso oportuno de corticoides orais e a redução da solicitação de exames complementares, como a radiografia de tórax, visando correto diagnóstico e conduta frente a um caso de asma.

Uma parceria entre o departamento de emergência na comunidade e um centro de cuidado terciário precisa ser estimulada, já que pode trazer benefícios, ajudando a melhorar os cuidados com esse agravo tão prevalente. Isso beneficia a todos, pois os casos passam a ser conduzidos de uma forma melhor, havendo maior número de pacientes tratados com sucesso, com consequente redução na taxa de internação dessas crianças”, finaliza Dra. Ana.

Referências:

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