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Clínica Médica15 março 2022

Ivermectina na CovidD-19: I-TECH Randomized Clinical Trial (parte 1) [podcast]

Neste episódio, confira a análise do estudo que avaliou a eficácia da ivermectina na progressão da Covid-19 em adultos e comorbidades.

Por Fabio Tuche

No episódio de hoje, o cardiologista e responsável pela coluna de MBE no Portal PEBMED, Fabio Tuche, comenta as novas atualizações sobre o uso de ivermectina no Covid-19 através do estudo I-TECH Randomized Clinical Trial, publicado no periódico médico JAMA, em fevereiro de 2022. Este é o primeiro episódio, de uma série de quatro, onde o especialista abordará tópicos do estudo.

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Histórico sobre o uso na ivermectina na Covid-19

Em junho de 2020, a ivermectina demonstrou ter efeitos antivirais contra o SARS-CoV-2 in vitro. No final de 2020, os ensaios clínicos começaram a relatar benefícios clínicos muito convincentes. Desde então, várias metanálises relataram um efeito significativo na sobrevivência, hospitalizações, recuperação clínica e eliminação viral aumentando o interesse público no uso de ivermectina para Covid-19, o qual ocorreu mundialmente de forma indiscriminada.

Porém, uma grande limitação para justificar o uso dessa medicação se refere à qualidade metodológica das evidências disponíveis, pois vários estudos apresentam “alto risco de viés”. Logo, diante de novas evidências como esse estudo publicado no JAMA, é muito importante saber como avaliá-las em termos de aplicabilidade, risco de viés e interpretação de resultados.

O primeiro passo, uma vez que se tem o artigo em mãos, é analisar o seu grau de aplicabilidade (validade relacional), ou seja, o quanto que a informação científica “se encaixa” no seu contexto de prática, onde surgem as dúvidas e onde são tomadas as decisões clínicas. Para isso, deve-se identificar a pergunta que o estudo se propõe a responder, a qual tem a anatomia PICO, assim como as perguntas estruturadas que surgem no dia-a-dia cuidando de pacientes.

Como responder a pergunta feita no artigo utilizando a estrutura PICO?  

P – descreve detalhadamente a população de pacientes incluída no estudo,
I – descreve a intervenção avaliada no estudo (terapêutica, diagnóstica ou prognóstica),
C – a comparação (intervenção opcional)
O – (do inglês outcome) o(s) desfecho(s) avaliados no estudo clínico.

Somente após essa identificação, pode-se comparar essa pergunta (PICO) do estudo com a sua pergunta (PICO) que surge no seu contexto de prática, checando se elas são suficientemente semelhantes.

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Referências bibliográficas

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