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Infectologia8 junho 2015

Reduzindo risco de infecção de sítio cirúrgico por Staphylococcus aureus

O conjunto de três medidas de prevenção de infecção profunda de sítio cirúrgico, em estudo multicêntrico americano, demonstrou eficácia na diminuição desta complicação em artroplastias de joelho e quadril. Sendo as medidas: Identificação de portadores de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA): por cultura de swab; Medidas de descolonização dos portadores: Aplicação de mupirocina intranasal …

Por Eduardo Moura

O conjunto de três medidas de prevenção de infecção profunda de sítio cirúrgico, em estudo multicêntrico americano, demonstrou eficácia na diminuição desta complicação em artroplastias de joelho e quadril. Sendo as medidas:

  • Identificação de portadores de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA): por cultura de swab;
  • Medidas de descolonização dos portadores: Aplicação de mupirocina intranasal 2x/dia e banho diário com clorexidina por 5 dias antes do procedimento;
  • Profilaxia antibiótica otimizada no perioperatório (com vancomicina) para portadores.

O estudo prospectivo acompanhou em 5 anos taxas de infecção de sítio cirúrgico em 20 grandes hospitais urbanos em 9 estados americanos comparando o período pré-intervenção (em que as medidas acima não foram tomadas = “grupo controle”) com o período de intervenção (em que as medidas acima foram tomadas). A taxa de infecção profunda por S. aureus no pós-operatório foi de 36 para cada 10000 cirurgias no período pré-intervenção e 21 para cada 10000 cirurgias no período de intervenção (com um valor de p = 0,02). O benefício, no entanto, foi restrito a artroplastias de quadril e joelho, não apresentando benefício significativo em cirurgias cardíacas (também alvo do estudo), e também restrito apenas aos casos em que houve aderência completa a todas as três medidas. Vale destacar que a incidência de infecções profundas por outros microrganismos não diminuiu significativamente com a medida.

As medidas aplicadas no estudo podem ser implementadas por qualquer serviço médico, o que aumenta o valor de tal informação. No entanto, deve-se destacar que a adoção de protocolos como este exigem um nível de organização de serviço que não é a realidade da maioria dos hospitais brasileiros.

 

Referências Bibliográficas:

 

 

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