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Os inibidores da bomba de próton (IBPs) reduzem o risco de hemorragia gastrointestinal, mas podem aumentar o risco de efeitos adversos como hemorragias, infecção por CDI e demência. Saber o momento correto de interromper o tratamento com os IBPs é fundamental para a saúde do paciente. No entanto, um estudo recente mostrou que a maior parte dos médicos erra na hora de determinar o fim da terapia.
Para esse estudo, foram recrutados 487 médicos, que receberam uma história fictícia envolvendo uma mulher de 70 anos de idade, tomando omeprazol 20 mg e recentemente diagnosticado com osteopenia. Os participantes receberam então uma série de outros cenários e foram questionados a respeito da troca ou suspensão de medicamentos. Os resultados foram apresentados na Digestive Disease Week 2017.
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Nessa pesquisa baseada em simulação, 68% dos médicos optariam por continuar os IBPs em pacientes com baixo risco de hemorragia digestiva, 47% descontinuariam o tratamento nos pacientes de risco intermediário e 62% interromperiam a droga em doentes com maior risco de sangramento letal.
Segundo os autores do estudo, em indivíduos com risco intermediário e alto de hemorragia fatal, os benefícios dos IBPs superam o risco de eventos adversos e, por isso, não devem ser descontinuados. Já para os doentes com menor risco de hemorragia grave recomenda-se interromper os IBPs, porque os efeitos secundários superam o possível benefício.
Segundo a campanha Choosing Wisely, em pacientes com refluxo gastroesofágico não complicado, uma tentativa de parar ou reduzir a dose dos IBPs pode ser apropriada.
Referências:
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