Medicina Nuclear: prazer em lidar com a tecnologia
Todo dia traremos para você a visão de um especialista sobre sua respectiva área! Hoje vamos falar sobre Medicina Nuclear com a Dr. Francisco Coelho.
Continuando a nossa série de artigos sobre Residência e as especialidades médicas, hoje Dr. Francisco Coelho fala tudo que você precisa saber sobre a Medicina Nuclear.
1) O que é?
Na Medicina Nuclear o profissional se utiliza de uma grande gama de radionuclídeos, compostos instáveis que degeneram produzindo radiação ionizante, com fins diagnósticos e terapêuticos. São exemplos de atuações da especialidade a realização de cintilografias e imagens PET dos mais diversos órgãos e sistemas do corpo humano, com o uso de diversos compostos ligados aos emissores radioativos, os radiofármárcos, bem como o tratamentos, se baseando na capacidade que a radiação proveniente dos emissores administrados ao paciente tem de causar dano celular.
2) Como é o dia a dia?
O médico nuclear tem uma rotina de consultas (pré-exame ou pré-tratamento), supervisionar administração de doses e aquisição de imagens, além de processamento dos exames e emissão de laudos. Essa rotina normalmente se dá durante o expediente diurno e em dias úteis, apenas poucos locais especializados com funcionamento em expediente noturno de emergência ou fins de semana.
3) Oportunidades de trabalho:
A grande maioria dos profissionais da área trabalha em grandes centros, onde se concentra a estrutura necessária para sua atuação. É uma área em expansão para centros de médio porte e ainda com poucos profissionais especializados.
4) Número de especialistas:
No momento, temos aproximadamente 800 médicos nucleares registrados pela Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear.
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5) Curiosidade(s):
– A Medicina Nuclear é uma especialidade relativamente jovem, com seus primeiros passos no pós-segunda guerra, após o desenvolvimento da tecnologia de cíclotrons e produção de radionuclídeos em quantidade suficiente para uso médico, datando da década de 50 o início do uso de 131I para tratamento de doenças da tireoide. Apenas em 1971 a American Medical Association reconheceu a Medicina Nuclear como especialidade, que vem se firmando cada vez mais na prática clínica, principalmente em países do primeiro mundo.
6) Especialidades correlacionadas:
A Radiologia com certeza é a especialidade mais intimamente ligada à medicina nuclear, as duas sendo representantes da grande área de diagnóstico por imagem. Essa relação se tornou ainda mais próxima com o advento dos métodos tomográficos híbridos nas últimas décadas (SPECT/CT e PET/CT).
7) Área de atuação:
Por haver uma grande gama de exames diagnósticos e tratamentos, a Medicina Nuclear atua em colaboração à quase todas as especialidades, sendo a Oncologia Clínica e Cirúrgica, Endocrinologia e a Cardiologia as principais, mas não únicas, áreas de grande interesse da Medicina Nuclear.
8) Mensagem para quem quer seguir essa especialidade:
Poeticamente, o médico nuclear está para a fisiologia e patologia como o radiologista está para a anatomia. Atualmente, residente na área será treinado para realizar diagnósticos e tratamentos utilizando diversos radiofármacos já existentes, mas também é preparado para lidar com inovações que ainda estão por vir. É uma especialidade em constante evolução, em que novas tecnologias e fármacos são desenvolvidos a todo momento, logo, o especialista na área deve ser uma pessoa que tenha prazer em lidar com a tecnologia.
*Os artigos sobre as especialidades médicas foram produzidos em parceria com a Associação Nacional de Médicos Residentes
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Referências:
- Demografia médica no Brasil 2015 – USP. Disponível em: https://www.usp.br/agen/wp-content/uploads/DemografiaMedica30nov2015.pdf
- https://sbmn.org.br/
- https://anmr.org.br/
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