Tratar pacientes do sexo masculino, com deficiência androgênica, com uma solução tópica a 2% de testosterona ajudou a melhorar o desejo sexual e a energia por, pelo menos, nove meses, sem efeitos adversos, informa novo estudo feito por pesquisadores britânicos.
Os resultados do estudo foram publicados no Journal of Urology. O tratamento com solução tópica a 2% de testosterona (Axeron), aplicados na axila, foi bem tolerado durante o período do estudo (nove meses), sendo nos primeiros três meses duplamente cego e controlada por placebo, seguido por um de extensão aberto de seis meses.
A extensão de seis meses demonstrou que o aumento do desejo sexual e energia continuou depois da fase duplamente cego e não mudou após os primeiros meses de terapia.
No final do estudo, 60% do grupo que tomou placebo e 66% de grupo ativo tinham níveis normais de testosterona. O tratamento melhorou também o desejo sexual, excitação e função erétil dos participantes, analisados através da pontuação em questionários.
Análise de resultados
Cientistas americanos fizeram uma análise dos resultados. De acordo com eles, o estudo sugere que essa forma de tratamento é segura, mas os resultados de eficácia são incertos, já que, no final da fase aberta, apenas parte dos participantes tinham níveis de testosterona dentro do intervalo normal.
Além disso, os cientistas lembraram que ainda é necessário quantificar os níveis de testosterona por idade, para determinar se os níveis do hormônio em idades mais avançadas são inferiores ou não.
Um estudo prospectivo para melhor definir os níveis de testosterona ajustadas por idade está muito atrasado e deve ser perto do topo da nossa agenda de pesquisa.
Orientações atuais
Por determinação do FDA, a terapia com testosterona é aprovado para homens com baixos níveis do hormônio, devido a distúrbios nos testículos, glândula pituitária ou no cérebro que causam hipogonadismo; e não simplesmente para aliviar os sintomas em homens que têm baixos níveis sem razão aparente que não seja de envelhecimento.
A entidade diz que a testosterona não deve ser usado em homens que não têm hipogonadismo porque o índice risco/benefício não foi estabelecido, incluindo os riscos cardiovasculares, que permanecem desconhecidos.
Referências:
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