Logotipo Afya
Anúncio
Endocrinologia7 novembro 2018

Diabetes: pâncreas artificial mostra-se eficaz no controle glicêmico

Um novo dispositivo que está em fase de testes se mostrou eficaz no controle dos níveis glicêmicos nos portadores de diabetes tipo 1.

Por Roberto Caligari

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

O controle dos níveis glicêmicos nos portadores de diabetes é um desafio tanto para os médicos quanto os próprios pacientes.  Nestes casos, faz-se necessário um acompanhamento rígido para que a doença não se agrave e provoque complicações graves. Um novo dispositivo que está em fase de testes na Inglaterra se mostrou eficaz nesta função.

Câncer de pâncreas

Diabetes e o “pâncreas artificial”

Pesquisadores da Universidade de Cambridge testaram os efeitos de uma espécie de pâncreas artificial que monitora a glicose e administra doses precisas de insulina por meio do bombeamento da substância no organismo. O aparelho foi testado em pacientes diagnosticados com diabetes tipo 1. O mecanismo usa um modelo algorítmico de previsão para calcular os intervalos entre a aplicação e quantidade de cada dose, de acordo com a necessidade do paciente.

Leia mais: AAS é eficaz na prevenção de eventos cardiovasculares em diabéticos?

Para testar o dispositivo, os pesquisadores compararam seu desemprenho em relação à terapia com bomba de insulina acoplada a um sensor de glicemia. O estudo randômico selecionou 86 pacientes diagnosticados com diabetes tipo 1 e os dividiu aleatoriamente em dois grupos, o primeiro recebeu o novo aparelho (n=46) e o segundo seguiu com a terapia com bomba de insulina (n=40). O tempo de follow up foi de 12 semanas.

Resultados

Ao final da pesquisa, a glicose ficou sob controle em 65% do tempo no grupo do “pâncreas artificial” enquanto no grupo da bomba de insulina a percentagem foi  54%. (A diferença média ficou em 10,8%, IC 95% [8,2-13,5]; p<0,0001). Os níveis de hemoglobina glicada (HbA1c) foram de 8,3% no início da pesquisa para 7,4% no final desta no primeiro grupo. No segundo grupo, os níveis de HbA1c foram de 8,2% no início para 7,7% no final (diferença média 0,36%, IC 95%; [0,19-0,53]; p<0,0001).

Em nenhum dos grupos analisados houve ocorrência de hipoglicemia severa.

Tenha em mãos informações objetivas e rápidas sobre práticas médicas. Baixe o Whitebook

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referências: 

Autoria

Foto de Roberto Caligari

Roberto Caligari

Como você avalia este conteúdo?

Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.

Compartilhar artigo

Newsletter

Aproveite o benefício de manter-se atualizado sem esforço.

Anúncio

Leia também em Endocrinologia