Causada por um poxvírus do gênero Moluscipox, o molusco contagioso é uma dermatovirose frequente na infância, principalmente em crianças atópicas e nas faixas etárias pré-escolar e escolar, que leva a infecção limitada à pele. Este é o tema do nosso conteúdo semanal baseado no Whitebook Clinical Decision.
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A doença pode acometer qualquer região do corpo, sendo mais frequentes no tronco e nas regiões de pregas. A transmissão ocorre por meio de contato direto com pessoas infectadas, fômites ou por autoinoculação. O período de incubação varia de 7 dias a 6 meses, e a transmissibilidade é possível enquanto houver lesões.
Apresentação clínica do molusco contagioso
Nem sempre conseguimos atestar a história de contato em razão do período de incubação variável e do longo período de transmissibilidade.
É comum o acompanhante ou a própria criança relatarem que, ao espremer a lesão, há saída de material esbranquiçado, porém devemos orientar que ela não faça isso, para não originar infecção bacteriana secundária ou reinfecção por autoinoculação.
Não devemos esquecer que existe uma variante do molusco contagioso de transmissão sexual, que ocorre nas regiões genital, perineal, púbica e pele circundante. Dessa forma, devemos lembrar desse diagnóstico em pacientes com vida sexualmente ativa.
Complicações:
- Eczematização;
- Infecção bacteriana secundária;
- Cicatrizes permanentes.
Fatores de risco:
- Atopia (associação questionada por alguns especialistas);
- Contato direto com pessoas contaminadas;
- Imunodepressão.
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Exame físico
Ao exame, notamos a presença de pápulas únicas ou múltiplas, indolores, esféricas, rosadas ou peroladas, que classicamente apresentam uma umbilicação central com tamanho que varia de 1 mm-1 cm de diâmetro. Pode haver prurido e inflamação local.
É preciso avaliar o corpo todo da criança, lembrando que as regiões de acometimento são geralmente a porção superior do tronco e as regiões de dobra, como axilas, fossa cubital, fossa poplítea e região da virilha.
As regiões genitais, perineais e púbicas devem ser avaliadas em pacientes sexualmente ativos. Além disso, devemos ficar atentos para a eczematização e infecção secundária das lesões, avaliando se será necessário tratamento farmacológico.
Se você é médico, estudante de medicina ou profissional da área da saúde, conheça já o Whitebook Clinical Decision e aprimore seus conhecimentos com um suporte para a decisão clínica!
Créditos da imagem: Gzzz/Wikimedia commons
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