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Cirurgia23 maio 2018

Paramentação cirúrgica: o que você precisa saber?

A paramentação cirúrgica é utilizada sempre quando formos realizar algum procedimento cirúrgico. Saiba tudo sobre o tema nesse artigo.

Por Juliana Rocha

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

A paramentação cirúrgica é utilizada sempre quando formos realizar algum procedimento cirúrgico. A mesma forma uma barreira microbiológica contra penetração de microrganismos no sítio cirúrgico do paciente, oriundos dele mesmo, dos profissionais, materiais, equipamentos e ar ambiente.

A composição da paramentação cirúrgica é: avental cirúrgico (preferencialmente impermeável), campos cirúrgicos (preferencialmente impermeáveis), oleados, fronha de mayo (preferencialmente impermeável), opas, luvas, gorro (preferencialmente descartável), propés que podem ser substituídos por calçados próprios para o centro cirúrgico e/ou calçados impermeáveis, máscara (cobrindo todo o rosto, sem folgas na face – lembrando da durabilidade da máscara cirúrgica) e óculos de proteção. Sem precisar enfatizar que o conjunto cirúrgico sempre estará por baixo do capote.

cirurgia

Quais os objetivos da paramentação cirúrgica?

  • Controle da infecção de sítio cirúrgico (ISC);
  • Controle da infecção hospitalar (IH);
  • Segurança do paciente;
  • Segurança da equipe cirúrgica (Risco Ocupacional);
  • Qualidade da assistência prestada ao paciente no ambiente cirúrgico.

Prevenção de infecção na sala operatória:

– Aventais cirúrgicos são usados para evitar a transferência, por contato direto, de agentes infecciosos da equipe cirúrgica para incisão e vice-versa.

– Campos são usados para fornecer uma área de trabalho microbiologicamente limpa em torno da incisão cirúrgica. Se eles delimitarem a ferida e forem rigidamente fixados à pele, também reduzem a transferência da flora da pele do paciente para dentro da incisão cirúrgica. Campos são também utilizados para controlar a propagação de fluídos corporais, potencialmente contaminados, a partir da área da incisão cirúrgica.

Recomendações para redução da ISC em relação ao vestuário:

– Usar capotes e campos cirúrgicos estéreis que sejam barreiras efetivas caso sejam molhados (materiais que resistam à penetração de líquidos) – Categoria IB;

– Trocar vestimentas e uniformes que estiverem visivelmente sujos, contaminados e/ou manchados por sangue ou outro material potencialmente infeccioso – Categoria IB.

Atualmente são nos apresentados dois tipos de paramentação cirúrgica:

  • Tecido de algodão – popularmente conhecida;
  • Descartável.

E como escolher a melhor paramentação?

Tecido de algodão:

  • É reutilizável;
  • Deve ser confeccionado com 100% algodão e textura de aproximadamente 40 a 56 fios por cm²;
  • Tecido sempre pode “encolher” ou “desbotar”;
  • Não aquece muito como vestimenta cirúrgica (o ambiente cirúrgico deve manter uma temperatura entre 21ºC a 25ºC);
  • Não é impermeável (um de seus maiores problemas);
  • Necessário uso de lavanderia e posteriormente esterilização;
  • A durabilidade do tecido é de aproximadamente 03 meses (65 vezes entre lavagens e autoclavagens);
  • No Brasil não há uma normativa com o prazo de validade do tecido;
  • ANVISA não exige o registro do tecido;
  • Proibido utilização do tecido cerzido, remendado, com furos e/ou rasgos.

Descartável:

  • Confeccionado com apenas uma matéria-prima SMS;
  • Descartável;
  • Possui normativa;
  • Possui Ficha de Informação de Segurança para Produtos Químicos (FISPQ);
  • Possui registro na ANVISA;
  • Impermeável;
  • Encontrado no mercado: capote avulso com compressa e kits cirúrgicos.

A Norma ABNT NBR 16064:

– Especifica os requisitos de fabricação e processamento, assim como os métodos de ensaio para avaliação das características dos produtos de saúde.

– Define os requisitos de desempenho de campos cirúrgicos, aventais cirúrgicos e de uso único ou reutilizáveis, utilizados como produtos para saúde por pacientes e profissionais de saúde e para equipamentos, destinados a prevenir a transmissão de agentes infecciosos entre pacientes e a equipe cirúrgica durante cirurgias ou outros procedimentos invasivos.

Portanto, ao escolher o tipo de paramentação cirúrgica devemos sempre levar em conta:

  • Qualidade na assistência prestada ao cliente, paramentação atende às recomendações de prevenção de ISC;
  • Segurança da equipe cirúrgica;
  • Segurança do paciente;
  • Diminuindo, assim, o risco de infecção hospitalar.

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