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Cirurgia2 junho 2017

Estenose carotídea: estudo compara endarterectomia versus stent

Um grupo de pesquisadores comparou a eficácia e segurança da endarterectomia versus implante de stent em pacientes com estenose carotídea.

Por Vanessa Thees

Um grupo de pesquisadores comparou a eficácia e segurança da endarterectomia versus implante de stent em pacientes com estenose carotídea. Os achados desse estudo foram publicados recentemente no Journal Of The American College of Cardiology.

A estenose carotídea é responsável por quase 20% dos acidentes vasculares cerebrais (AVC) na população adulta. O implante de stent foi desenvolvido na década de 1990 para o manejo desses pacientes e, desde então, emergiu como uma alternativa à endarterectomia carotídea.

Para o presente estudo, pesquisadores fizeram uma meta-análise com 6.526 pacientes de 5 ensaios clínicos, que compararam stent e endarterectomia para o tratamento da estenose da artéria carótida, com um seguimento médio de 5,3 anos.

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O desfecho composto de morte periprocedural, AVC, infarto do miocárdio ou AVC ipsilateral não-periprocedural não foi significativamente diferente entre as duas terapias (odds ratio [OR] 1,22; intervalo de confiança [IC] de 95%: 0,94 a 1,59).

O risco de AVC periprocedural mais AVC ipsilateral não-periprocedural foi maior com o uso do stent ([OR]: 1,50; [IC] de 95%: 1,22 a 1,84). Esse risco aumentado foi atribuído principalmente ao AVC periprocedural menor ([OR]: 2,43; [IC] de 95%: 1,71 a 3,46).

O stent foi associado a um risco significativamente menor de infarto do miocárdio periprocedural ([OR]: 0,45; [IC] de 95%: 0,27 a 0,75), paralisia do nervo craniano ([OR]: 0,07; [IC] de 95%: 0,04 a 0,14), e o desfecho composto de morte, AVC, infarto ou paralisia do nervo craniano durante o período periprocedural ([OR]: 0,75; [IC] de 95%: 0,60 a 0,93).

Pelos resultados, os pesquisadores concluíram que o stent e a cirurgia foram associados à taxas semelhantes de desfecho composto de morte periprocedural, AVC, infarto do miocárdio ou AVC ipsilateral não-periprocedural. O risco de AVC a longo prazo foi significativamente maior com stent (principalmente para o AVC periprocedural). Em contrapartida, o stent foi associado a taxas mais baixas de infarto do miocárdio periprocedural e paralisia do nervo craniano.

Veja também: ‘TAVR na estenose aórtica: instruções da American College of Cardiology’

Referências:

  • J Am Coll Cardiol. 2017 May 9;69(18):2266-2275. doi: 10.1016/j.jacc.2017.02.053. Carotid Artery Stenting Versus Endarterectomy for Stroke Prevention: A Meta-Analysis of Clinical Trials.

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