Cirurgia11 junho 2016
Cuidados em sepse abdominal (Conduta médica em Cirurgia)
Descubra os principais fatores relacionados a sepse abdominal, bem com o pontos cruciais para diagnóstico e tratamento. Acesse o melhor conteúdo médico.
Este conteúdo deve ser utilizado com cautela, e serve como base de consulta. Este conteúdo é destinado a profissionais de saúde. Pessoas que não estejam neste grupo não devem utilizar este conteúdo.
Sepse abdominal
Fisiopatologia:
- Insulto inicial – produção de citocinas (IL-6 , IL-1, TNF α) – ativação da cascata inflamatória (Leucotrienos, prostaglandinas, PAF, fosfolipase A2) – lesão endotelial / alteração da cascata de coagulação – disfunção de múltiplos órgãos;
- Pode estar associada a microorganismos comunitários ou relacionados aos cuidados de saúde.
Princípios da Infecção Cirúrgica:
Características específicas das infecções relacionadas aos procedimentos cirúrgicos:
Paciente:
- Paciente com resposta imunológica debilitada;
- Quebra dos mecanismos de barreira.
Bacteriologia:
- Infecções muitas vezes polimicrobianas;
- Muitos dos patógenos são relacionados à flora endógena do paciente (oportunistas);
- Associação com microrganismos hospitalares muitas vezes resistentes aos agentes terapêuticos.
Tratamento:
- Foco terapêutico envolve o controle direto do foco de infecção: drenagem e/ou correção do fator predisponente;
- Antibioticoterapia é apenas adjuvante na terapia;
- O aspecto mais importante no seu manejo é o reconhecimento da necessidade de reabordagem cirúrgica.
Apresentação Clínica:
Etiologia:
- Relacionada a manipulação cirúrgica prévia (ISC órgão/espaço);
- Relacionada a infecção intra-abdominal (p.ex. apendicite aguda, perfuração de viscera oca);
- Relacionada à contaminação da cavidade abdominal (p.ex paracentese).
Aspectos Gerais:
- A infecção intra-abdominal compreende uma das principais causas de sepse;
- IIA é a segunda causa mais comum de óbito por infecção em unidades de terapia intensiva;
- A sepse abdominal em um estágio inicial deve ser considerada um processo local (peritoneal), tornando-se sistêmico com sua progressão;
- Apesar da evolução no tratamento a mortalidade de infecções intra-abdominais graves ainda é elevada (5 a 50%).
Sinais e sintomas:
- Febre;
- Queda do estado geral;
- Taquicardia, taquipneia;
- Sintomas de disfunção gastrointestinal (anorexia, náuseas/ vômitos, distensão abdominal, constipação);
- Hipotensão, oligúria e alteração do nível de consciência – sintomas de alarme;
- Dor abdominal de evolução aguda;
- Rigidez abdominal;
- Defesa abdominal, descompressão dolorosa localizada ou generalizada;
- Massa abdominal (p.ex. abscesso, plastrão inflamatório);
- Atenção: pacientes idosos, diabéticos ou imunossuprimidos podem apresentar sepse de origem abdominal com clínica menos evidente.
Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia-a-dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica. Para saber mais, recomendamos a leitura dos termos de uso dos nossos produtos.
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