Manejo do estresse: 5 dicas para aliviar a tensão na jornada médica

A jornada na Medicina é uma das mais intensas e desafiadoras no âmbito acadêmico. Desde o primeiro período, os estudantes enfrentam um ambiente competitivo, onde a necessidade de assimilar um vasto volume de informações, equilibrar estudos, vida pessoal e pressões financeiras pode gerar altos níveis de estresse.

Essa realidade é agravada pela cultura médica, que valoriza o desempenho e promove comparações constantes entre os colegas, muitas vezes levando a padrões de autocrítica e expectativas irreais.

Jornada

Esses desafios, que iniciam no primeiro período, se intensificam em momentos ao longo do curso. No quinto período, por exemplo, os estudantes começam a ter maior contato com pacientes, o que pode gerar ansiedade e insegurança.

O início do internato é outro ponto crítico, onde a responsabilidade aumenta significativamente, exigindo que os estudantes gerenciem uma carga horária intensa e demandas emocionais crescentes. Na reta final, a conclusão do curso e a entrada iminente no mercado de trabalho trazem uma combinação de expectativas e pressões que amplificam o estresse.

Nessa fase, os alunos frequentemente enfrentam autocrítica exacerbada e quadros de referência distorcidos, contribuindo para o aumento do estresse e possíveis problemas emocionais.

Estratégias

Embora o estresse seja parte inevitável da formação médica, existem estratégias eficazes para gerenciá-lo:

Planeje e organize sua rotina

Uma rotina bem organizada é crucial para lidar com as demandas do curso de Medicina. Utilize ferramentas digitais, como agendas online, para priorizar tarefas e manter o foco, evitando a sobrecarga mental.

Planejar o dia de forma eficiente pode fazer a diferença entre uma rotina produtiva e um dia estressante.

Pratique a autoconsciência e estabeleça limites

Reconhecer os sinais de estresse, como irritabilidade e dificuldade de concentração, é o primeiro passo para combatê-lo.

Estabelecer limites claros entre os estudos e a vida pessoal é essencial. Aprenda a dizer “não” quando necessário, e reserve momentos para desconectar e recarregar as energias.

Cuide da sua saúde física

O corpo e a mente estão intimamente ligados. Praticar atividades físicas regularmente, como caminhada, corrida ou natação, ajuda a liberar endorfinas, promovendo o bem-estar.

Uma alimentação equilibrada e um sono de qualidade são igualmente fundamentais para manter o equilíbrio durante os anos de estudo.

Utilize técnicas de relaxamento

Técnicas como meditação, respiração profunda e mindfulness são poderosas aliadas no combate ao estresse. O relaxamento muscular progressivo, que envolve a contração e relaxamento de grupos musculares, também é eficaz para aliviar a tensão física.

Busque apoio profissional

Se o estresse estiver se tornando incontrolável e afetando sua saúde e desempenho, não hesite em buscar apoio psicológico.

A terapia pode oferecer ferramentas valiosas para lidar com as pressões emocionais que surgem durante a formação médica.

 

Núcleo de Experiência Discente (NED)

Para os alunos da rede Afya, o Núcleo de Experiência Discente (NED) é um recurso essencial para enfrentar as dificuldades do curso de Medicina. No NED, você encontrará um ambiente de acolhimento e suporte, focado no desenvolvimento pessoal e acadêmico. Seja para discutir os desafios do curso ou para buscar estratégias de enfrentamento, o NED está preparado para ajudá-lo a manter o equilíbrio e a saúde mental durante essa jornada exigente.

A Medicina é uma carreira repleta de desafios, mas com as estratégias certas e o suporte adequado, é possível atravessar cada etapa com resiliência e sucesso. Lembre-se: você não está sozinho nessa caminhada.

 

Autores

Marina Silveira de Resende é Mestre em Psicologia pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) e atua como Coordenadora Nacional do Núcleo de Experiência Discente (NED) na Afya, na Diretoria de ensino. Com sólida trajetória na área educacional, Marina é especialista em promover a saúde mental e o desenvolvimento de alunos, liderando iniciativas que visam melhorar a experiência acadêmica e proporcionar um ambiente de aprendizado mais inclusivo e acolhedor.

Maria Célia de Carvalho Melo é graduada em Pedagogia pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) e possui pós-graduação em Administração de Organizações Educacionais pela mesma instituição. Além disso, é pós-graduada em Psicopedagogia Institucional e Clínica pelo Instituto Dexter – Desenvolvimento Humano. Atualmente, Maria Célia atua como Coordenadora do Núcleo de Experiência Discente (NED) na faculdade IESVAP, dedica-se ao desenvolvimento e à gestão de ambientes de aprendizagem, integrando conhecimentos pedagógicos e psicopedagógicos para promover a excelência acadêmica e o bem-estar dos estudantes.

Diego Pereira dos Santos é Graduado em Psicologia, atuando como Psicólogo (CRP: 21/05687) nas áreas Clínica, Organizacional, Escolar e Educacional com abordagem humanista em Gestalt-Terapia, atuando com jovens e adultos. Com um MBA em Gestão de Pessoas e Recursos Humanos, Diego é Coordenador de Gente e Gestão na faculdade IESVAP, onde é responsável pelos processos de recursos humanos. Além disso, ele atua como Psicólogo da equipe do Núcleo de Experiência Discente (NED), contribuindo para o acolhimento, atendimento psicológico e orientação psicopedagógica dos estudantes. Sua expertise está em criar um ambiente de desenvolvimento pessoal e profissional, promovendo o bem-estar e a saúde mental dos colaboradores, profissionais da saúde e alunos.

Francisca Pereira dos Santos é Psicóloga Clínica (CRP: 21/03610) e Psicopedagoga do Internato no IESVAP/Afya. Com formação em Terapia Cognitivo-Comportamental com Crianças e Adolescentes e em Intervenção ABA no Transtorno do Espectro Autista (TEA), Francisca está atualmente é pós-graduanda em Neuropsicologia e em Neurociências, Educação e Desenvolvimento Infantil. Ela se dedica a promover o desenvolvimento acadêmico e emocional dos estudantes, oferecendo suporte psicopedagógico especializado e intervenções baseadas em evidências para crianças, adolescentes e adultos.

 

# A matéria foi revisada pelo editor-médico Renato Bergallo, especialista em Medicina de Família e Comunidade.