Essa semana publicamos um caso clínico sobre endocardite infecciosa. Assim, em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision vamos falar um pouco sobre o assunto.
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Diagnóstico de endocardite infecciosa
O diagnóstico envolve critérios clínicos, laboratoriais e o ecocardiograma. O diagnóstico pode ser fechado a partir dos critérios de Duke (veja mais no tópico abaixo).
Exames laboratoriais de rotina: Hemograma completo; ureia, creatinina e glicose; eletrólitos; coagulograma; VHS; EAS; eletrocardiograma e radiografia de tórax.
Hemoculturas: Mínimo de três pares de culturas, sendo duas amostras de sítios diferentes, e intervalo entre os pares de uma hora. Cada par consiste em um balão aeróbico e outro anaeróbico, com 10 mL de sangue venoso em cada. Deve-se informar ao laboratório sobre a possibilidade de germe de crescimento lento.
Ecocardiograma: Está sempre indicado em suspeita de endocardite. Em pacientes com valva nativa, opta-se por ecocardiograma transtorácico (ETT), reservando o transesofágico (ETE) para casos de dúvidas diagnósticas (ETT inconclusiva ou negativa em paciente com alta suspeita clínica), quadros graves com suspeita de complicações ou com piora clínica. Quando ETE é negativo e o paciente continua tendo como principal hipótese diagnóstica EI, deve-se solicitar um segundo exame em 2-7 dias, buscando evidenciar a presença da vegetação. Um segundo exame negativo torna essa hipótese pouco provável.
TC cardíaca: Exame ideal para detecção de complicações, como abscesso aórtico ou paravalvar e aneurisma micótico (angiotomografia).
FDG-PET: Exame que detecta atividade inflamatória através do consumo energético pelas células, mas não consegue distinguir infecção de inflamação. Por isso, tem menos utilidade nas valvas protéticas no pós-operatório precoce.
Cintilografia com leucócitos marcados: É o grande método em pacientes com dispositivos implantados, como CDI e TAVR, com sensibilidade de 90% e especificidade de 100%.
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