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Em janeiro de 2018 foi publicada no JAMA uma meta analise que comparou a incidência de complicações cardiovasculares em pacientes submetidos ao uso de suplementação de ômega 3 e os que não estavam submetidos a tal.
Foram utilizados 10 estudos antigos, e alguns deles concluíam que a redução na incidência de novos episódios de infarto poderia chegar até 19% com suplementação de ômega 3. Para acidente vascular cerebral também ocorria redução, porém mais sutil. Essa era a conclusão que os estudos analisados mostravam isoladamente.
O objetivo dessa meta-analise foi redistribuir os pacientes avaliados nos 10 estudos para comparar o efeito do ômega 3 em pacientes com uso ou não de estatinas, com história prévia de doença cardiovascular ou não, e em relação a fenômenos cardiovasculares diferentes (analisar o impacto no infarto do miocárdio separadamente do impacto para acidente vascular cerebral, por exemplo).
Levando em conta os desvios padrão, foi considerado que a suplementação pode não ter impacto algum. Acontece que a proteção cardiovascular observada foi baixa, podendo estar influenciada por vários vieses. Inclusive, nos estudos duplo cego o impacto da suplementação foi bem menor do que nos estudos cujo grupo controle não recebeu placebo.
A conclusão final é que pode ser que a suplementação de ômega 3 em 3-4g/dia pode reduzir até 10% a chance de um evento cardiovascular, porém mais estudos devem ser realizados para que sejam entendidos os reais benefícios. Nos próximos estudos devem ser consideradas outras peculiaridades, como tabagismo e história de câncer, para que sejam entendidos o real impacto dessa medida e vieses sejam evitados.
‘Suplementação de ômega 3 e qualidade da visão’
Referências:
- AssociationsofOmega-3FattyAcidSupplementUse With Cardiovascular Disease Risks – JAMA Cardiology – 31 de janeiro de 2018
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