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Estudo publicado em julho de 2019, na revista BMJ, avaliou a necessidade de tratamento ou não de extrassístoles ventriculares em pacientes com fração de ejeção ventricular normal.
Em pacientes com frequentes extrassístoles ventriculares sem cardiopatia estrutural, o prognóstico não foi pior do que na população em geral. Portanto, foi aceito que o prognóstico está ligado à presença ou ausência de doença cardíaca estrutural. Por outro lado, realizar a ablação pode melhorar fração de ejeção ventricular em pacientes com frequentes extrassístoles e disfunção sistólica chamada cardiomiopatia induzida por extrassístoles.
Pacientes com a maior carga de extrassístoles mostraram três vezes mais chances de evoluir, em 5 anos, com diminuição da FejVE e aumento do risco de insuficiência cardíaca e morte. Portanto, existe uma relação entre quantidade de extrassístoles levando-se a uma deterioração do ventrículo esquerdo, mesmo em a ausência de doença cardíaca estrutural.
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A ablação pode melhorar a FejVE em pacientes com dilatação ventricular esquerda, com disfunção sistólica. Pode ainda diminuir o risco de um evento incluindo mortalidade cardíaca e internação por insuficiência cardíaca.
No entanto, informações limitadas estão disponíveis na probabilidade de indução de disfunção ventricular em pacientes com função cardíaca normal.
O estudo de Lee e colegas, avaliaram a história natural de pacientes com extrassístoles frequentes (> 5%/24 horas) com FejVE preservada e não tratados, tendo dois principais resultados. Primeiro, redução espontânea das extrassístoles. E, em segundo lugar, uma exteriorização em apenas 4% dos pacientes. Tornando-se os resultados com prognóstico benigno, levando a tomar uma estratégia conservadora e de avaliação periódica da função cardíaca, sem intervenção adicional.
Esse estudo analisou a presença de doença cardíaca estrutural pelo ecocardiograma e com realce tardio do gadolínio (elemento químico de número atômico 64, da família dos lantanídeos, absorvedor de nêutrons em reatores nucleares, em materiais fluorescentes etc) na ressonância magnética cardíaca, excluindo todos os pacientes com fibrose apesar da FejVE normal.
Autores apontam que tamanho da corte e a baixa incidência de eventos podem limitar o poder estatístico de identificar diferenças.
Concluíram que uma estratégia conservadora e avaliação periódica da FejVE em pacientes com extrassístoles frequentes na ausência de coração estrutural
Referências:
- Roca-Luque I, Mont L. Heart Epub ahead of print: [please include Day Month Year]. doi:10.1136/heartjnl-2019-315303.
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