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Os diuréticos são drogas fundamentais na insuficiência cardíaca, levando a uma melhora dos sintomas respiratórios e congestivos. A furosemida e os demais diuréticos de alça são as drogas mais utilizadas, mas a despeito da nítida melhora clínica, não há evidência de melhora na sobrevida.
Por outro lado, a espironolactona e o eplerenone, ao antagonizar os efeitos da aldosterona, têm baixa potência diurética, mas aumentam a sobrevida por redução de dano miocárdico. Uma revisão recente em nosso portal mostra o uso prático dos diuréticos na IC.
No paciente com IC aguda descompensada, a furosemida é administrada em doses crescentes, seja em bolus intermitente ou infusão contínua. Contudo, uma parcela dos pacientes não obtém a diurese necessária e, portanto, não melhoram da congestão, mesmo com dose “máxima” de furosemida. A opção usual tem sido a associação de tiazídicos para potencializar a natriurese e diurese.
Um trabalho recente mostrou que pode haver uma alternativa. Foram recrutados 19 pacientes hospitalizados por IC descompensada, refratária à furosemida venosa, que receberam 100 e depois 200mg de espironolactona. Os resultados mostraram resposta clínica, com maior perda ponderal e alívio da dispneia.
Como levar isso para prática?
Esse trabalho foi apenas um estudo piloto, com poucos participantes. É necessário repetir a pesquisa com amostra maior. Mas podemos já enxergar a seguinte possibilidade: se o seu paciente está refratário à furosemida em dose alta, considere tiazídico, que melhora diurese, mas reduz mais sódio e potássio, e/ou espirono em dose maior (100-200mg), que melhora diurese sem espoliar mais o potássio.
Referências:
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