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Cardiologia20 dezembro 2016

Disfunção renal e anticoagulantes orais: o que o médico precisa saber

Os novos anticoagulantes orais chegaram ao mercado com a vantagem de uma “anticoagulação plena”. No entanto, estes novos fármacos também têm desvantagens.

Por Vanessa Thees

Pacientes com doença coronariana ou insuficiência renal moderada, em terapia a longo prazo de anticoagulantes orais, precisam de monitoramento mais frequente? Nesses casos, pouco se sabe sobre a estabilidade da função renal.

Por isso, pesquisadores realizaram um estudo para avaliar a incidência e fatores de risco para disfunção renal grave em pacientes que necessitam de anticoagulantes orais e, dessa forma, ajudar o médico na escolha inicial do fármaco e fornecer uma base racional para o monitoramento da função renal nestes indivíduos.

O grupo analisado foi de pacientes em terapia a longo prazo de varfarina para fibrilação atrial ou tromboembolismo venoso foram registrados em clínicas entre 2007 e 2010. A função renal inicial foi avaliada e os pacientes foram seguidos até o primeiro declínio da função renal (CrCl <30 mL/min).

Veja também: ‘Podemos confiar nos novos anticoagulantes?’

No total, foram identificados 753 pacientes (idade média de 71 anos). No início do estudo, 23% apresentavam doença renal crônica moderada (CrCl 30-59 mL/min), enquanto 31% apresentavam DRC leve (CrCl 60-89 mL/min).

Em 12% dos pacientes, houve insuficiência renal aguda, dos quais 25% em 5,3 meses. Dos doentes com DRC estágio III, 37% desenvolveram insuficiência renal aguda. O estágio III da DRC conferiu um risco 14 vezes maior no desenvolvimento de DRC grave (OR 14,5, IC de 95%, 6,7-31,3; p < 0,001). A doença coronariana também foi associada a insuficiência renal grave (OR 2,2, IC de 95%, 1,3-3,8; P = 0,004).

E mais: ‘9 fatos que você precisa saber sobre a doença renal crônica’

A disfunção renal aguda e crônica é comum entre os indivíduos que necessitam de terapia anticoagulante a longo prazo. Pacientes com DRC moderada e doença arterial coronariana estão em maior risco a curto prazo de desenvolver insuficiência renal grave. Por isso, os pesquisadores destacam que é necessário um monitoramento mais frequente desses pacientes.

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Referências:

  • Incidence of severe renal dysfunction among individuals taking warfarin and implications for non–vitamin K oral anticoagulants. American Heart Journal, 2016, vol: 0 (0) pp: 4471-4476. DOI: 10.1016/j.ahj.2016.08.017
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