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Cardiologia18 fevereiro 2014

Como estimar a fração de ejeção do ventrículo esquerdo – método de Teichholz

Já falamos bastante sobre fração de ejeção neste tópico. Para relembrar os conceitos básicos sobre este assunto leiam o post citado. Hoje falaremos sobre o método de Teichholz, o mais utilizado na prática clínica. Este método estima a fração de ejeção do VE através das medidas do diâmetro diastólico final do VE (DDVE) e do diâmetro sistólico final de VE (DSVE).

Já falamos bastante sobre fração de ejeção neste tópico. Para relembrar os conceitos básicos sobre este assunto leiam o post citado. Hoje falaremos sobre o método de Teichholz, o mais utilizado na prática clínica. Este método estima a fração de ejeção do VE através das medidas do diâmetro diastólico final do VE (DDVE) e do diâmetro sistólico final de VE (DSVE). Ok. E como fazemos para realizar estas medidas? Normalmente estas são realizadas no eixo paraesternal longitudinal. O video abaixo mostra um exemplo de exame normal:

Convenciona-se que as medidas do VE sejam realizadas neste eixo, ao nível das pontas das cúspides mitrais quando a valva mitral está aberta. Assim, pode-se medir o DDVE no final da diástole ou quando o VE está com o seu maior volume. Exemplo:

O DDVE neste caso foi de 52 mm.

O DSVE é medido na mesma localização mas no final da sístole ou quando o VE está com o seu menor volume. Exemplo:

Neste caso o DSVE foi de 33 mm. Percebam que a própria máquina já faz o cálculo da fração de ejeção pelo método de Teichholz que no caso é de 65% – FE (Teich) na imagem.

Importante notar que a linha que faz as medidas deve ser idealmente perpendicular às paredes do VE. Caso seja angulada, isto pode aumentar falsamente as dimensões do VE e assim alterar os cálculos da FE. 

Linha perpendicular às paredes do VE:

Linha angulada em relação às paredes do VE – dimensões falsamente aumentadas em relação à figura acima:

Nos exemplos acima, as medidas do VE foram feitas pelo método bidimensional. Contudo, estas medidas também podem ser realizadas pelo método monodimensional (modo M). Exemplo:

http://youtu.be/aiO4pvD_21g

Exemplo de cálculo da FE do mesmo pcte pelo modo M:

Opa! Mas como pode ter a FE calculada nas primeiras figuras ter dado 65% e nesta última figura ter dado 63%? Não é o mesmo pcte? Percebam que a única diferença nos dois cálculos foi que o DDVE nas primeiras figuras foi de 52 mm e na última figura foi de 51 mm. Este 1 mm de diferença gerou uma diferença de 2 pontos percentuais na FE (de 65% para 63%). Isto é completamente normal. Na prática clínica é comum que as medidas do eco variem em até 5% ou 10% mesmo entre o mesmo examinador. Por isso o caridologista clínico deve estar familiarizado com o método para não achar uma variação desta monta relevante na condução do caso do pcte.

Mas quais os valores normais da fração ede ejeção? Ver este post.

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