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Saúde11 março 2021

Cardiologistas são convocados para ajudar população do Amazonas via telemedicina

Médicos cardiologistas e residentes de todo o país estão sendo convocados para ajudar a população do Amazonas via telemedicina pela SBC.

Por Úrsula Neves

Médicos cardiologistas e residentes de todo o país estão sendo convocados para ajudar a população do Amazonas via telemedicina pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). A entidade lançou no final de janeiro a ação solidária SOS Coração Amazonas, para apoiar na assistência médica à população amazonense.

Sessões de telecardiologia estão sendo realizadas para auxiliar no atendimento prioritário aos pacientes amazonenses com doenças cardiovasculares, que contraíram ou não Covid-19, durante o período de crise de emergência em saúde pública.

Para tanto, está sendo disponibilizada uma plataforma de telemedicina para somar esforços com os profissionais de saúde voluntários para atender a quem necessita e não pode recorrer ao atendimento presencial.

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Taxa de letalidade

A iniciativa visa orientar pacientes cardiológicos e facilitar o acesso aos profissionais de cardiologia, além de auxiliar os portadores de comorbidades associadas às doenças cardiovasculares, cuja taxa de letalidade é de até 10,5% quando contraída a infecção por Covid-19, a buscar orientação e atendimentos adequados.

O presidente da SBC, Marcelo Queiroga, ressaltou durante o webinar de lançamento da campanha a importância de os médicos alertarem os pacientes cardiopatas sobre os riscos e a necessidade de se cuidarem e se protegerem da Covid-19, assim como seguir seus tratamentos específicos, conforme prescrição médica, e buscar auxílio médico, caso seja necessário.

Como participar da força-tarefa pelo Amazonas

Para participar da força-tarefa SOS Amazonas, cardiologistas e residentes de cardiologia em serviços de saúde credenciados pela SBC em todo o país devem acessar a plataforma virtual disponível neste link: e realizar o cadastro para o serviço voluntário.

Os residentes que participarem da ação solidária somarão pontos para o concurso do Título de Especialista em Cardiologia (TEC), promovido pela SBC. A divulgação desta pontuação estará descrita no edital da prova do TEC de 2021.

Saiba mais: Covid-19: entidades médicas preparam força-tarefa para atuar em Manaus

O cadastramento dos pacientes de doenças cardiovasculares amazonenses para o atendimento à distância está sendo realizado diretamente na plataforma de telecardiologia pela prefeitura de Manaus e pela direção do Hospital Universitário Francisca Mendes.

Aumento de notificações de óbitos por doenças cardíacas

A pandemia causada pelo novo coronavírus, que já causou a morte de mais de 240 mil brasileiros, transformou 2020 no ano mais mortal da história do país. Nunca tantos brasileiros vieram a óbito em um único ano, e nunca houve uma variação anual de óbitos tão grande como a ocorrida na comparação entre 2019 e 2020.

Segundo os dados do Portal da Transparência, plataforma administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), os óbitos registrados por todos os cartórios do país em 2020 totalizaram 1.443.405 milhão, 8.3% a mais que no ano anterior, superando a média histórica de variação anual de óbitos no Brasil que era, até 2019, de 1,9% ao ano.

Outras doenças também registraram aumento considerável na variação entre os anos de 2019 e 2020. No caso das doenças cardíacas, muitas vezes relacionadas à Covid-19, a comparação entre 2019 e 2020 aponta uma elevação de 5,1%, passando de 270.203 para 284.117.

Dentre as doenças cardíacas, o registro que apontou maior crescimento foi o de mortes por causas cardiovasculares inespecíficas, que cresceram 28,8% entre os anos, sendo que o aumento dos óbitos em domicílio é uma das explicações para o diagnóstico inespecífico dos óbitos causados por doenças cardíacas.

As mortes por causas cardíacas fora de hospitais também dispararam em 2020, com registro de aumento de 26,9% na comparação com o ano anterior. Neste tipo de enfermidade, o maior aumento aconteceu nas chamadas causas cardiovasculares inespecíficas (67,8%), muito em razão de o falecimento ocorrer sem assistência médica, dificultando a qualificação da enfermidade. Também cresceram os óbitos em casa por acidente vascular cerebral (AVC), aumento de 26,3%, e infartos, que cresceram 3,2%.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referências bibliográficas:

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